O pintor natural de Setúbal ingressou aos sete anos no Orfanato Municipal de Setúbal, actualmente extinto. O seu talento e aptidão notável na vertente artística levaram o município setubalense a atribuir-lhe uma bolsa de estudos, o que permitiu a expansão e especialização do pintor ao ingressar na Escola de Belas-Artes em Lisboa
A Escola Secundária Sebastião da Gama e a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA) celebraram na passada sexta-feira o centésimo aniversário do nascimento do pintor setubalense.
O professor António Galrinho intitula o fresco presente no átrio da Escola Sebastião da Gama de “Ensino e o trabalho”, uma vez que retrata simbolicamente a importância que a Escola Técnico Profissional exercia na época, enquadrando as personagens emblemáticas no meio típico setubalense, referindo assim dados característicos – Tróia, forte do Outão, foz do Sado, fábricas de indústria conserveira… Cada uma das figuras principais representa uma área alusiva à escola e podem-se dividir em dois grupos: o primeiro com o comércio e retórica, contabilidade e artes e o segundo com a mecânica e serralharia, pesca e indústria naval e desenho geométrico. O grande enigma desta obra reside no esquema de sombras, na qual são de todo impossíveis num dia de sol, uma vez que existem sombras em duas direcções e a fonte luminosa principal é artificial – o professor esclarece que esta fonte corresponde à escola. De certo modo está implícito que a escola iluminava os seus alunos, no sentido de lhes proporcionar instrução.
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