A culpa é dos sucessivos malabarismos praticados com o défice das contas públicas, com a instalação da propaganda e da mentira como forma de governar, da fuga para a frente como meio de pura preservação do poder.
Ao que estamos a assistir é à tentativa de consagrar uma mentalidade delinquente na gestão do poder.
Uma mentalidade que não hesita em recorrer ao perigoso truque do imperativo patriótico, como se patriotas fossem apenas aqueles que pensam como o chefe do governo e se alinham, obedientes, atrás dele no ataque aos ímpios, os que ousam criticar a acção do dito engenheiro.
Que fosse um governo do PS a trazer ao de cima o mais bafiento salazarismo de decretar como inimigos os que pensam de modo contrário é que é surpreendente. Que isso aconteça com um partido que foi decisivo na consolidação do poder democrático é que é inaudito. Ainda por cima com todas as elites do partido caladinhas, coniventes com esta caminhada do partido para o abismo. Em nome da pátria, claro!
Eduardo Dâmaso,CM
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