Se o voto fosse decidido pelos programas eleitorais, o PSD sairia sem dúvida vencedor. O plano dos sociais-democratas é mais completo que o do PS, respeita por acção e não por omissão, como os socialistas, as orientações consagradas no memorando de entendimento que viabiliza a ajuda a Portugal e revela convicção nas medidas que visam mudar o regime económico.
Mas será que, decidindo o voto a olhar para o futuro, os eleitores querem conhecer a verdade? E querem o caminho de mudança que foi traçado pelo plano de ajuda financeira a Portugal? Se sim, o que falta ou tem faltado ao PSD que justifica a sua queda nas sondagens?
Há uma enorme e saudável vantagem no caminho que o PSD escolheu. Os eleitores sabem exactamente no que vão votar. Os sociais-democratas dão a conhecer a difícil realidade do país e traçam claramente o caminho pelo qual, estão convencidos, Portugal pode ultrapassar essas dificuldades.
Falta agora ao PSD convencer que tem líder e equipa para fazer as mudanças que promete, algumas delas também prometidas há seis anos por José Sócrates, como mais concorrência, uma justiça mais rápida e um Estado mais eficaz.
A verdade, porque exposta por uns ou porque omitida por outros, será o centro desta campanha eleitoral. Todos a estamos a conhecer. Mas vai ser preciso mais. A verdade não chega, não resolve os problemas do futuro. Para a consequência da verdade ser a vitória eleitoral é preciso convencer com emoção, convicção e equipa.
Helena Garrido,J.Negócios
E, acrescento eu, ponderando bem o que se propõem fazer na Educação e Saúde - é preciso ter sempre presente que somos um país com uma população muito carenciada e envelhecida.
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