... C'est la vie. Terá mesmo que ser?
No dia 28 deste mês, foi inaugurado o lagar da empresa Innoliva, no Monte do Carapetal, em Alvalade do Sado, concelho de Santiago do Cacém, que corresponde a um investimento global de 7,5 milhões de euros, comparticipado em 2,1 milhões de euros por verbas do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural).
Trata-se de um investimento maioritariamente espanhol, da Innoliva, empresa presidida por Miguel Rico, que detém a maior exploração superintensiva de olival do mundo, com plantações em Espanha e Portugal, e que prevê a criação de um total de cerca de 170 postos de trabalho. O grosso da produção concentra-se no Alentejo.
Até aqui, tudo bem ... se ... os Espanhóis (segundo relata o Público) não produzissem azeite no Alentejo de excelente qualidade, para ser vendido com rótulos italianos. O presidente da Innoliva, Miguel Rico reconhece que é "extremamente difícil" entrar no mercado da distribuição controlado pelos italianos.
Realmente é muito desconfortante saber que, o que é produzido em Portugal, seja vendido por 2,5 euros o quilo e comercializado na UE por 50 euros, como sendo italiano.
Assim vai a nossa Agricultura, terras abandonadas (que os espanhóis vão aproveitando), por idosos que já não as conseguem trabalhar e que recebem um dinheirinho para isso mesmo, e por jovens que não têm incentivos (refiro-me a motivação, ajuda técnica e claro dinheiro) para investirem na terra de modo a procurar novos rumos para a sua vida.
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