A China possui reservas internacionais colossais, da ordem de US$ 3,2 triliões. O país já teria, segundo estimativas de economistas, US$ 500 bilhões em títulos da dívida de países europeus, como Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha.
Antes de chegar a França, para a reunião do G20, Jin disse esperar "convencer a União Europeia a reconhecer a China como uma economia de mercado", disse o líder chinês na Áustria.
Se a China obtiver esse estatuto junto à Organização Mundial do Comércio, poderá exportar mais facilmente. A União Europeia é o principal importador de produtos chineses e representa 20% do total das vendas externas do país.
A China poderia exigir em contrapartida que a Europa pare de criticar o país por manter sua moeda, o yuan, desvalorizada artificialmente, o que favorece suas exportações.
A ajuda da China à Grécia no ano passado já havia provocado críticas em países europeus, que não viram com bons olhos os chineses comprando activos a preços baixos e se apropriando de sectores de infra-estrutura do país, como o contrato de concessão de 3,3 biliões de euros para explorar o porto de Pireu.
A estratégia da China seria criar uma rede de portos, ferrovias e centros logísticos para distribuir seus produtos em todo o continente.
"Não há uma agenda escondida e o desejo de colonizar a Europa. Antes de tudo, a China vai agir em função de seus próprios interesses", diz a economista Mary-Françoise Renard, do Instituto de Pesquisas sobre a Economia Chinesa (Idrec, na sigla em francês).
Analistas afirmam que há um interesse mútuo entre europeus e chineses para que a zona do euro não desmorone.
A indústria chinesa seria afectada pela redução drástica da demanda europeia e isso teria repercussões sobre o crescimento da China, que já está sofrendo desaceleração, dizem os especialista.
BBC Brasil,O Temor de Colonização às Avessas
Estamos a pagar pelos nossos erros, e continuaremos a pagar a um preço ainda mais elevado a falta de visão desta Zona Euro. Uma Nova Era está a chegar e as perspectivas não são as melhores. Os anjos estão de costas voltadas para esta Europa. Uma coisa é certa - acima de tudo e todos é preciso que sejamos nós próprios a tentar fazer tudo o que possamos para nos voltarmos a erguer. O próximo ano vai ser terrível, muita gente irá precisar de ajuda, muitos outros vão ter de mudar de vida - vai ser preciso muita, mas mesmo muita coragem, porque irá ser uma luta que não sabemos quando terminará.
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