domingo, 1 de janeiro de 2012

O Enigma . . .


No termo de mais um ano, de forma mais intensa, é o enigma do tempo que outra vez nos visita, na sua dupla face: o tempo cronológico (devorador) e o tempo kairológico (criador).


Já Santo Agostinho se abismava perante o enigma: o que é o tempo? Eu sei. Mas, se alguém me perguntar e eu quiser responder, já não sei. Porque o passado já não é, o futuro ainda não é, e o presente nunca se capta. Ah, se soubéssemos o que é o tempo, teríamos talvez descoberto o mistério de ser e do ser.

Mas é decisivo perceber que já os gregos apresentaram dois grupos semânticos fundamentais referentes ao conceito do tempo: chrónos, o tempo quantitativo e linear, para significar o fluir inelutável do tempo, sem qualquer possibilidade de intervenção humana, e kairós, incidindo sobre o tempo qualitativo, enquanto crise e enquanto oportunidade. A experiência da transcendência! ( ler aqui)

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