Neste barco em que navegamos no meio da tempestade, cada vez mais precisamos de ajuda para manter a fé e a esperança para nos mantermos à superfície.
E, não. Não podemos esperar que essa ajuda venha dos políticos. Uns porque não a podem garantir neste mundo cada vez mais imprevisível em que tudo muda a uma velocidade estonteante. Outros, porque são oposição e visam os futuros ganhos dos respectivos partidos, tudo o que seja proveniente de outros ventos é considerado errado. Outros, ainda, sonham com um mundo que há muito idealizaram e que está demonstrado ser impraticável; a não ser que, consigam transformar as pessoas em autómatos saídos de qualquer laboratório especializado em programação especializada.
Então, onde procurar a fé e a esperança de que tanto precisamos?
A resposta lógica e evidente para muitos, que gostariam de amenizar o desespero e a angústia perante o imprevisível - seria a religião.
Seria, porque depois de ouvir alguns Bispos e Arcebispos, a força esmorece cada vez mais.
Hoje, fiquei estarrecida, com as palavras de um Arcebispo em Fátima perante milhares de peregrinos que alí se deslocaram para obter algum conforto espiritual e reforçarem a fé e esperança.
Escutei através da televisão e não queria acreditar que fosse um homem de Fé a pronunciar aquelas palavras. Fiquei na dúvida, seria um Arcebispo ou um político. É que políticos dificilmente já os conseguimos ouvir, nada de novo é dito, os chavões são sempre os mesmos e portanto sempre previsíveis.
Pena, nem a religião, melhor dizendo, os que se dizem transmissores da fé e da esperança, nada mais fazem que aumentar o nosso desconforto e a nossa angústia.
Assim, não, obrigada.
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