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Do ponto de vista metodológico seria errado usar um mesmo multiplicador para todas as projecções de todos os países - e no entanto tem sido essa a tendência dominante do FMI. Também desse mesmo ponto de vista metodológico, constituiria um erro grave o de usar sistematicamente um multiplicador, sem indicar exactamente qual é, e sem assumir a sua utilização.(RTP)
Blanchard e Leigh não atenuaram as alarmantes hipóteses emitidas em Outubro, antes as radicalizaram. Segundo o diário norte-americano Washington Post, trata-se de um "espantoso mea culpa do economista-chefe do FMI sobre a austeridade".
E considera que o documento "contém alguns olhares subtis e potencialmente perturbadores sobre o modo como funciona o Fundo" - nomeadamente a constatação de que Blanchard "não conseguiu determinar que multiplicadores os economistas a nível de cada país estão a usar nas suas projecções".
Outro erro terá sido o de proceder como se "importantes hipóteses de trabalho sobre a região ainda se mantivessem válidas em tempos de crise". Isto porque um multiplicador baixo, válido para uma economia em crescimento, com taxas de juro normais e um sistema bancário saudável, deixará de poder aplicar-se a partir do momento em que a economia estagne ou se contraia, os juros subam e os bancos entrem em crise.
E Quem está a sofrer? - Nós os cidadãos.
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