... E o futuro, será assim tão pacífico, inconsequente e naïf ?
Os portugueses não são masoquistas, têm é falta de alternativas. Preferem o certo ao incerto, porque para pior já basta assim. Os resultados da última sondagem da Universidade Católica para o DN traduzem esse vazio e essa opção.(...)
O tal desejo de eleições e de mudança de governo afinal não parece existir, pelo menos com carácter de urgência (mas isso nem António José Seguro quereria, certamente), tendo em conta o quase empate revelado na sondagem. A segunda é que os portugueses, que não são tão crentes como os querem fazer, perceberam que as alternativas apresentadas pelos socialistas são utópicas e sem base real e desconfiam o suficiente delas para temerem vê-las em prática. E a terceira é que não existem mesmo outras esperanças, por isso é que os partidos das extremidades caem todos: o CDS por causa da atitude de Paulo Portas, merecidamente; o Bloco porque se conhece a sua endémica alergia ao poder; e o PCP porque insiste num mundo impossível e irreal, sem NATO, sem União Europeia, sem ricos.(...)
Filomena Martins,DN
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