sábado, 28 de junho de 2014

Tudo E Todos Em Causa : O BE Também Não Foge Ao Estigma ...

A concelhia de Lisboa do BE vai amanhã a votos. Estas eleições são vividas pelos militantes como uma espécie de primárias para a Convenção de 22 e 23 de Novembro, na qual poderão aparecer listas dos opositores de Catarina Martins e João Semedo, dois anos depois da eleição para a liderança do partido.

O SOL diz que a direcção nacional do partido defendia uma lista única. Mas a não eleição de Semedo em Lisboa nas últimas autárquicas e a perda de votos na capital – que se agravou nas Europeias deste ano – terão enfraquecido as aspirações dos coordenadores, os mesmos que rejeitaram, na última Mesa Nacional, a proposta de Ana Drago para uma convergência com o PAN e o Livre.

Drago, que é líder da bancada do BE na Assembleia Municipal de Lisboa, não respondeu ao convite de Mamadou Ba para que desse o seu apoio à lista A. Fontes bloquistas asseguram que o apoio da ex-deputada vai para a lista de Margarida Santos, que agrega militantes que estiveram juntos na oposição à estratégia do partido. “Apesar de tudo, a líder da bancada deve manter alguma reserva nos apoios”, defende um dirigente.
Apoiantes de Drago evitam críticas a Costa e ao PS

Nos corredores da Rua da Palma a equação é simples: se Mamadou Ba vencer a concelhia, Ana Drago vê reduzida a hipótese de se apresentar com uma candidatura vencedora à liderança dos bloquistas, uma vez que não consegue passar o teste em Lisboa.

O programa da lista B (Democracia em Bloco: Rumo a um Bloco à Esquerda) é já um esboço do que Drago quererá levar à Convenção: a alternativa de governo depende da convergência à esquerda. Neste quadro, as críticas a António Costa, autarca de Lisboa, e ao PS são inexistentes. “O PS não é um inimigo. As nossas críticas são para a direita. Estamos focados no combate à austeridade e numa convergência à esquerda”, clarifica uma candidata da lista B.

No programa da lista A (O Bloco conta. Construir uma alternativa em Lisboa), o alvo é Costa e o PS. Mamadou Ba, em linha com o guião nacional, cola o PS ao PSD e ao CDS, no Tratado Orçamental, e elege como desígnio o combate, a partir de Lisboa, à austeridade que acredita que qualquer um dos três partidos irá impor nos “próximos 20 ou 30 anos” em Belém.(SOL)

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