O objectivo é deixar a oposição encoberta na sombra do poder, descredibilizada por ter apenas argumentos negativos para mobilizar os descontentes mas sem mostrar competência para formular uma estratégia de substituição.
Estas relações reflexivas que se desenvolvem entre poder e oposição, onde cada parte evolui em função do que forem os movimentos e os argumentos da outra parte, pode chegar a uma consequência imprevista: as sombras do poder e da oposição podem ligar-se, fazendo desaparecer os corpos do poder e da oposição, mergulhados na obscuridade das duas sombras.
Será um erro dos técnicos de iluminação do palco político que não deixam ver a natureza da crise, será um erro dos protagonistas que deixaram esbater a sua relevância estratégica, mas também pode ser o resultado da natureza de uma crise que provoca descontinuidades nos programas políticos e nas expectativas dos eleitores.
Joaquim Aguiar, Negócios
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