O maior aumento de pensões vai ser de 2,5 euros por mês (e só para pensões até 628,8 euros) e o abono de família sobe, no máximo, 5 euros. Então é esta a alternativa e o "virar de página"?
É mesmo assim e não vale a pena iludir a forma como estas coisas são vistas: se um governo de esquerda aumenta as pensões mais baixas em um euro está a fazer uma política social, de combate às assimetrias e de irradicação da pobreza; se um governo de direita aumenta essas mesmas pensões em 2,5 euros, está a fazer uma política de pobreza, miserabilista, austeritária e neoliberal.
Mas os números não têm ideologia e se os olharmos com honestidade intelectual eles nunca nos atraiçoam: um aumento de um euro ou de 2,5 euros é sempre um aumento miserável de pensões miseráveis, seja qual for a cor de quem os decide.
Talvez a partir de agora seja possível a muito boa gente começar a entender o significado da expressão “não há dinheiro”. ( continuar a ler aqui)
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