As duas paixões básicas e combinadas que movem a política são a esperança e o medo. As grandes catástrofes ocorrem quando uma delas suprime a outra. A União Europeia é disso claro exemplo. Em 1992, nos ardores milenaristas de uma era de paz perpétua e harmonia universal, desencadeada pela queda do Muro, a UE embarcou na aventura descabelada de atamancar uma união monetária sem união política, sem união de transferência, sem um mínimo de coordenação económica e sem uma união bancária que evitasse repetir a tragédia americana de 1933-1934. A esperança sem medo conduziu ao labirinto onde hoje os europeus se perderam.
Excertos do artigo de Viriato Soromenho, DN, ' Sincronizar o medo'
Sem comentários:
Enviar um comentário