Diante da brutalidade dos números, com a esquerda ou com a direita, as esperanças no desenvolvimento económico e social esfumaram-se.
Cada crise tem o seu culpado. Nunca é unânime, há sempre polémica, mas, em cada momento, um culpado sobrepõe-se aos outros, como aqui podemos constatar.
Agora, de repente, temos um novo culpado. Disse o ministro das Finanças, Mário Centeno, que a economia não cresce por causa do sistema bancário! Segundo os jornais, ele entende que os trabalhadores portugueses são os que mais trabalham em toda a Europa, como são igualmente, de longe, os que menos ganham. Eis que constitui, diz o ministro, uma força a aproveitar para fomentar o investimento. Para dinamizar esta economia, feita pelos que mais trabalham e menos ganham, é necessária uma banca que funcione. É o que ele promete! Não tínhamos pensado nisso antes. Não nos lembrávamos dos mais de 30 mil milhões de crédito malparado, nem dos trapaceiros que destruiriam o que sobrava de reputação da banca portuguesa.
Fonte:António Barreto,DN
Sem comentários:
Enviar um comentário