1. A primeira lição é que não vale tudo para manter ou conquistar o poder. Esta é a lição que David Cameron já está com certeza a retirar. E que deve ser seguida também com atenção por todos os partidos políticos e noutros países, especialmente em Portugal.
2. A segunda lição é que política tem voltar ao centro da construção europeia. Parece contraditório mas não é. Ninguém se envolve num projecto de União de nações, com histórias e culturas feitas de séculos, a falar de défices orçamentais e estruturais, PIB’s potenciais, défices e excedentes externos, sanções por incumprimento de défices por décimas em estatísticas que são e serão sempre imagens desfocadas da realidade.
3. A terceira mas mais importante prioridade é começar a desfazer o labirinto de regras e tecnocracia, recuperar o princípio da subsidiariedade. Pode ser um das mais difíceis ambições mas é a que mais garante o futuro do projecto europeu por limitar a margem para os políticos dizerem: “a culpa é de Bruxelas”. E é também o projecto para o qual mais precisamos do Reino Unido.
O crescente sentimento de estarmos a viver num democracia a fingir é mortal para a União Europeia. A mobilização pelo medo é o sintoma dessa falta de liberdade que o Reino Unido nos poderá dar. Há males que vêm por bem.
Pode ler aqui o desenvolvimento deste artigo assinado por Helena Garrido .
Sem comentários:
Enviar um comentário