António Costa seria um fantástico primeiro-ministro se não existisse mundo. Num mundo sem gravidade, Costa, como as vacas, voaria. Num mundo sem défice, Costa esbanjaria. Num mundo sem matemática, Costa acertaria. Mas neste mundo, Costa está tramado – e nós com ele. Há quem diga: não são as suas políticas que estão desajustadas do mundo, é o mundo que está desajustado por não permitir as suas políticas. Até posso dar isso de barato. Mas pergunto: num braço-de-ferro entre as políticas actuais de António Costa e as regras que actualmente regem o mundo, ganhará o mundo ou as políticas de António Costa? Eu voto no mundo. E é por isso que não percebo porque é que o primeiro-ministro continua a espernear e a fingir que a sua estratégia para o país algum dia poderá resultar dentro da atmosfera terrestre.
João Manuel Tavares, Público
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