É nesta expressão – estados aliados – que se encontra a chave de todos estas questões. Os repetidos episódios da relação privilegiada que Donald Trump quer por força estabelecer com a Rússia, apesar das óbvias tensões com o seu gabinete, são reveladores de problemas muito mais simples, mas igualmente importantes, que o presidente dos Estados Unidos pôs em causa: a continuidade em política externa, a geometria de alianças e a confiança entre estados. Estes três elementos, prove-se o que se provar, já estão profundamente abalados.(continuar a ler)
Esta mudança é profunda. Não faz manchetes de jornal, porque a ordem internacional (a forma como os estados se organizam entre si para evitar guerras) é tão importante quanto (quase) invisível. Esta experiência é nova e não lhe sabemos o impacto final. Porque não lhe conhecemos o desfecho. Disse Gramsci, nos anos 30 do século passado, que “o velho mundo está a morrer, o novo tarda em nascer. E neste claro obscuro chegam os monstros”.
Esperemos que, desta vez, Gramsci esteja enganado.
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