Joana Petiz |
Sem exames nacionais, com ordens para não chumbar os meninos, porque isso os traumatiza, e festas na cabeça dos miúdos prestes a fazer provas de aferição - que não se stressassem nem os pais se preocupassem, que aquilo não contava para nota -, passaram-se dois anos de Tiago Brandão Rodrigues em que o ministro nada fez, realmente, só desfez. Emendo, o governante deu manuais escolares a todos os miúdos do ensino básico - obrigando-os a devolvê-los no fim do ano letivo, mas, ainda assim, fez qualquer coisa.
Adiante. Ao fim de dois anos em que gozou da paz de quem não tem ninguém contra si - nem sequer a Fenprof, com Mário Nogueira rendido a estes novos métodos, a aparecer apenas para fazer prova de vida -, Tiago Brandão Rodrigues teve uma surpresa desagradável. Descobriu que os miúdos não querem saber de exames que não contam para nada. E que não se esforçam por ter boas notas em provas que não o são. E surpresa das surpresas: quando os miúdos de 7, 10, 13 anos podem passar de ano sem saber nada, não vão esforçar-se mais para aprender. Um balde de água fria para o ministro, de facto.
Solução? Um conjunto de medidas a preparar no ministério, incluindo mais formação de professores para corrigir as dificuldades dos alunos. Porque os professores não sabem ensinar?! Não seria mais útil dar-lhes instrumentos para poderem levar a cabo o seu trabalho em condições?
Parece que afinal foi Tiago Brandão Rodrigues que não aprendeu a lição.
Joana Petiz, DN
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