Grande parte do armamento roubado em Tancos foi encontrado esta quarta-feira na Chamusca, que fica a cerca de 20 quilómetros de distância da base militar do Exército.
A RTP garante que foram recuperadas 44 armas, explosivos e granadas, faltando apenas intercetar as munições. A mesma fonte da investigação não avança com números concretos, mas revela que “foi encontrado praticamente tudo” e acrescenta: “o mais importante está cá.”
As autoridades recuperaram o material após terem recebido uma denúncia anónima. Recorde-se que o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, numa entrevista à TSF e ao “Diário de Notícias” a 10 de setembro, chegou a colocar a hipótese de o material nem ter sido roubado.
Logo após o roubo, as chefias militares revelaram que o material estava avaliado em 34 mil euros.
As equipas da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da PJ e da PJM descobriu que as portas dos paiolins foram abertas com recurso a um equipamento que não se vende em Portugal — mas sim em Espanha. Trata-se de um saca-cilindros — uma ferramenta capaz de extrair cilindros de fechaduras de forma fácil e sem provocar danos nas portas. As autoridades portuguesas enviaram uma carta rogatória às autoridades de Madrid, pedindo colaboração no caso.
Em setembro, o Chefe do Estado-Maior do Exército mandou instaurar processos disciplinares a três militares do Regimento de Engenharia n.º1, unidade que era responsável pela segurança dos paióis nacionais de Tancos quando estes foram assaltados em junho.
Um mês depois do roubo, Júlio Pereira, o então secretário-geral dos Sistema de Informações da República Portuguesa, falou em crime organizado, descartando a hipótese de os ladrões terem colocado as armas nas mãos de terroristas.
Nota: Não temos um Governo, temos um desgoverno à deriva. Haja quem ponha ordem nisto, quero dizer neste país completamente devastado.
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