
Outros dossiers revelam exactamente as mesmas características, de ilusionismo, de expectativas criadas que não se concretizam e, em termos gerais, de infantilização da sociedade. Transformando-nos em incapazes de compreender que o Estado não tem, de facto, dinheiro para fazer aquilo que o Governo está a prometer. Que a ideia de que havia outra alternativa, por contraponto ao não há outra alternativa (retirado da expressão em inglês There Is No Alternative, TINA), é viável em tudo menos quando não há dinheiro.
É nesta ilusão de alternativa que a prometida integração dos precários se vai atrasando, assim como a aplicação as progressões nas carreiras. É por isso que a Saúde se vê congelada e com necessidade de ser chamada aos rigores financeiros das estratégias cativadoras de Centeno. É também por isso que se arrastaram os processos das vítimas de Pedrogão, que só o Presidente conseguiu acelerar para vermos agora em Março o pagamento das primeiras indemnizações às vítimas. Mas faltam ainda os feridos.
Excertos do artigo de Helena Garrido, OBSR
Sem comentários:
Enviar um comentário