A democracia representativa não vai bem. É imperativo reformá--la, pois continuamos sem alternativas melhores. Contudo, aqueles que gritam contra o flagelo do populismo limitam-se a atacar a febre em vez de combater a infeção que a provoca. Na última semana, a nacionalização mediática da autofagia de um grande clube de futebol quase que deixou na sombra um caso em que se combinam dois dos problemas que ameaçam as democracias: a) a captura do Estado por grupos económico-financeiros; b) a "maldição" dos recursos naturais. (continuar a ler)
O caso do furo de Aljezur, nas suas pinceladas grotescas, revela que a geringonça parece ter entrado naquela fase entrópica em que os governantes descuram até o decoro mínimo de manter o verniz da virtude republicana. Em breve saberemos se a prospeção que o executivo autorizou nas profundidades marinhas do Sudoeste não irá fazer estremecer o Palacete de São Bento.
(excertos do artigo de Viriato Soromenho Marques, hoje no DN)
1 comentário:
Aceitam-se apostas:
Quem será, depois do seu ciclo minesterial, o CEO da "Petrolífera Aljezurense", se a pesquisa tiver sucesso?. Afinal, amor com amor se paga.
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