Para quem ainda tivesse dúvidas, a decisão de repor a 1 de Julho o horário das 35 horas para a parte restante dos trabalhadores do sector e o impacto devastador que isso teve na prestação dos cuidados aos doentes mostram claramente o desinteresse de todos os envolvidos no sistema público, a começar pelo governo, pela saúde dos portugueses. A prioridade não é médica, não é terapêutica, não é sequer humanitária. É laboral. Aquilo que realmente interessa é evitar os terríveis danos que os trabalhadores sofrem, ao trabalhar a oitava hora diária, cinco dias por semana. Isso é que é grave, mesmo que se fechem serviços, desocupem camas, adiem tratamentos. Mesmo que se gerem terríveis danos aos pacientes.
João César das Neves, DN
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