Largos sectores de “especialistas em educação”, sobretudo aqueles em que as aspas são mais apropriadas, dedicaram-se então a estigmatizar os ditos malefícios dos exames.Pouco a pouco, os sistemas educativos ocidentais, em que tais teorias tiveram mais impacto, começaram a atrasar-se, enquanto aqueles que não sofreram estas contestações de cariz romântico, nomeadamente os sistemas asiáticos, avançaram e ultrapassaram as nações mais desenvolvidas.
No final do século XX começou a perceber-se melhor aquilo que afinal sempre se tinha sabido: sem uma avaliação, reduzem-se os incentivos ao progresso e os sistemas educativos podem esconder fracassos sistemáticos. O esclarecimento veio da ciência. Primeiro, dos estudos de sistemas comparados, depois, da psicologia cognitiva e dos economistas da educação.
Numa investigação estatística que incluiu 2 milhões de estudantes, 59 países e 6 inquéritos de 2000 a 2015, concluiu-se que os exames nacionais melhoram a aprendizagem. Algo de novo? Parece que sim!
(excertos do artigo de Nuno Crato, OBSR)
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