Há que tirar o chapéu a António Costa, o anestesista-mor do Reino (mais tarde haveremos de tirar tudo, até ficarmos de tanga, mais curta ainda do que a outra).
A fantástica peça que é o Orçamento do Estado: cavalgando um cenário económico positivo e artificialmente empolado pela equipa de Centeno, o Governo despeja milhões em cima de tudo o que a extrema-esquerda pôs a mexer – sem razoabilidade nem critério, desfiando perante nós um chorrilho de medidas avulsas que servem para satisfazer as clientelas do PC, do Bloco e do PAN. A consequência é, como se previa, um aumento brutal da despesa pública, que se manterá independentemente do ciclo político e que hipoteca o futuro do país e das gerações vindouras em troca de (ironia das ironias) uma maioria absoluta para o PS em 2019.
Para além disso, não há uma única medida para estimular o investimento, para incentivar o crescimento económico, para atrair as empresas, para criar postos de trabalho ou para fixar talento em Portugal através de uma carga fiscal equilibrada. Pormenores.
Tudo isto se passa perante a apatia generalizada da oposição e da comunicação social, deslumbrados, desorientados ou simplesmente incompetentes e sem saberem como fazer oposição ou desafiar as opções do Governo, caindo na armadilha da confusão entre conjuntura económica e mérito do Conselho de Ministros. (ler o artigo completo de Luís Reis, OBSR)
Quero ver Costa por cima de tudo e todos – uma vaca voadora a pairar sobre o país. E, nessa altura, veremos quem lhe fura o balão de ar e o faz aterrar na dura realidade que todos teremos de viver.
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