É uma transformação mágica. O dinheiro que, há dias, a elite portuguesa elogiava e agradecia é agora renegado como o produto de um saque. E os antigos aliados angolanos da classe política portuguesa são agora adversários a perseguir. Mas trata-se, obviamente, de uma perseguição selectiva: o maior ou menor empenho depende, como sempre, da posição que o potencial alvo ocupa em Luanda. Os políticos portugueses rejubilarão com processos judiciais a quem foi próximo de José Eduardo dos Santos; mas encolher-se-ão com o “irritante” provocado por processos judiciais semelhantes que atinjam quem é próximo do novo Presidente.
Tudo isto já era de esperar. Sem espinha dorsal, sem princípios e sem vergonha, os políticos portugueses acenam a qualquer pedido que chegue do poder de Luanda, seja este ou outro. E, tremendo num canto, esperam que ninguém repare nas suas acrobacias morais. Talvez seja conveniente chamar-lhes a atenção para um ponto: toda a gente repara. (ler artigo completo)
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