Aliás, sendo um homem intelectualmente "vaidoso", essa vaidade tem de ter reconhecimento público num curto espaço de tempo. Mesmo que seja em acontecimentos de pequena importância (com mais ou menos pompa) ou, até, em grandes ou pequenos "fait-divers".
Ora, quer nos seus tempos de comentador, quer no "estilo" que "escolheu" para exercer a presidência, o reconhecimento é imediato e isso... afaga o ego! As suas análises políticas davam sempre conversa e controvérsia para uns dias e, como presidente, as suas deslocações, com um estilo e discurso descontraído (mais os famosos beijinhos e "selfies"), fazem boas capas de jornal e boas aberturas de telejornal.
É, pois, uma personalidade muito diferente daqueles que têm uma acção para deixar obra e memória para o futuro e para a História.
Acontece....acontece que, em tempo de crescimento económico, as "conjugações astronómicas" quiseram juntar, na governança do país dos últimos anos, duas pessoas com estilos e intenções muito idênticas: Marcelo na presidência e Costa como 1º ministro. Ambos interessados nas pequenas/grandes vitórias do dia a dia, na navegação à vista, nas sondagens e nos níveis de popularidade. Podia ter sido só um... e o outro ia ajudando a corrigir. Mas, não! Calharam-nos dois quase iguais.
E, isso poderá ter imensas consequências políticas, económicas e sociais no futuro...
Sem comentários:
Enviar um comentário