Pela primeira vez, o poder político decidiu sem dar cavaco à Direção Geral de Saúde e à Comissão Técnica Independente. Ou seja, não cumpriu a lei que deixa claro que a alteração do PNV só deve ser feita depois de consultada a comissão científica e com o aval da DGS. Como referiu e bem Graça Freitas, teria sido bom que os deputados“tivessem tido em conta os vários pareceres que mandou ao longo dos anos para o Parlamento”
Os deputados terão agora todas as justificações e podem garantir mil vezes que não foram pressionados por ninguém, mas a decisão que tomaram foi irresponsável. Ao atuarem desta forma reforçaram a posição de todos aqueles que acham que as vacinas e a sua inclusão no plano nacional servem apenas para enriquecer as farmacêuticas e os que fazem negócio na órbita dos medicamentos. Mas o mais grave é que com estas votações deram fôlego aos que desconsideram as vacinas, alegando que a Saúde Pública é uma questão de ideologia e de opinião.
Bernardo Ferrão, Expresso
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