José António Saraiva, Sol
As medidas de cautela financeira ou de austeridade são inteligentes e necessárias quando é o PS a fazê-las, mas representam quase um ‘roubo’ quando são feitas pelos outros.
Dir-se-á que todos os partidos são assim - têm uma cara quando estão no Governo e outra quando estão na oposição.Mas o PS especializou-se particularmente nesse jogo.
Sendo o partido que tem mais gente dentro da máquina do Estado, está sempre com um pé no poder.
E, quando lá tem os dois pés, comporta-se muitas vezes como se estivesse na oposição - atirando para cima dos adversários as culpas dos erros próprios.
Há dias, o presidente do Partido Socialista, Carlos César, fez uma declaração extraordinária.
Comentando a onda de greves que tem martirizado o país, César disse que havia uma diferença radical entre estas greves e as do tempo de Passos Coelho: enquanto as outras eram «justas», as greves contra o Governo do PS são «injustas».
Assim mesmo.
Ainda hoje, os problemas do SNS são atribuídos à troika e a Passos Coelho.
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