A direita é em Portugal um problema poético: um sujeito lírico que não sabe o que é; pede desculpa por aquilo que nunca foi e lastima o que não pode ser.
Helena Matos, OBSR
Mais para a direita. Não, um bocadinho para a esquerda. Agora para o centro… A direita em Portugal não é um espaço político, é uma prova de modista: ora sai uma alfinetada no reaccionarismo, ora tesourada no liberalismo. A primeira coisa a ter em conta quando se fala da direita é que a direita além de falar de si mesma, do que é, do que deveria ser, do que já foi… não deve falar de mais nada. Ou seja deve abster-se acerca da realidade. Inibir-se na apresentação doutras propostas. Enfim, autolimitar-se enquanto alternativa de poder. Afinal para isso já cá está a esquerda, não é?
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