Se ao Governo não se impõe que dirima o conflito de foro privado, exige-se que salvaguarde os mais elementares direitos dos portugueses e se empenhe no cumprimento do serviço público. Por omissão flagrante não o fez. Feriu o seu dever de antecipar os efeitos e de agir em conformidade, desprotegendo os portugueses. O Governo não tem o direito de se reclamar surpreendido pelos efeitos da greve, os portugueses sim. O Governo tem o dever – tal qual resulta da lei – de acionar planos de emergência para situações como esta e mobilizar todos os seus recursos para acautelar o fornecimento de combustível. Não o fez, os portugueses estão já a sofrer as consequências.
Cristovão Norte, Ji
Caso o Governo se tivesse empenhado e agido, tomando as precauções adequadas e declarando aos portugueses que o impacto não seria severo, pois as medidas tomadas estariam de acordo com as necessidades básicas de consumo público, ou seja, que o interesse público estaria salvaguardado. Ora, desafortunadamente, tal não veio a suceder. É tragicamente incompreensível que o abastecimento das forças de segurança e de emergência dependa de um apelo público do Governo para que venha ser dada a estas instituições. O Estado falhou aos portugueses uma vez mais. Os portugueses não vão falhar aos bombeiros e às restantes forças de emergência e segurança.
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