— para o melhor e para o pior.
Se as últimas sondagens nos dão alguma indicação, a mais interessante é como, ao contrário de toda a Europa onde a paisagem partidária tem vindo a mudar, Portugal mantém-se imune a alterações substanciais. Os dez anos de crise não produziram nenhuma força política nova, ao contrário do que aconteceu em Espanha, França, já para não falar dos casos de Itália e Grécia.
Sondagens são sondagens — e até ao lavar dos cestos, no domingo próximo, dia de eleições, é vindima. Mas a confirmarem-se nas urnas os resultados das sondagens, mais uma vez se demonstrará que o sistema político português tem sido em 45 anos de democracia quase à prova de bala. Com a excepção do Bloco de Esquerda, (...) todos as tentativas de criação de novas formações políticas foram condenadas ao insucesso.
É um facto confortável concluir que o partido de extrema-direita que se preparou para estas eleições não terá grande sucesso — valha a verdade que o CDS resolveu funcionar como tampão, endireitando ainda mais o discurso nesta campanha. Mas as esperanças que alguns depositavam numa candidatura do Aliança ou mesmo do PAN parecem desvanecidas. Há qualquer coisa de aldeia gaulesa neste sistema político — para o melhor e para o pior.
(excertos do Editorial do Público de hoje)
Das duas uma - ou caímos todos num marasmo ou ... o conservadorismo é a realidade não admitida e escondida no âmago de muitos.
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