E não se trata de falar do diabo, de que a esquerda se apropriou como pretexto, mas trata-se tão-somente de perguntar por aqueles que, há uns anos, e bem, não aceitavam que se apresentassem propostas sem contas, que não descansavam enquanto não soubessem quanto custa o quê, que juravam não mais acreditar em políticos que só imaginavam cenários otimistas.
Adolfo Mesquita Nunes, DN.
Sim, já sei que o ministro tem prestígio e as contas estão certas, o que é uma desculpa para não olhar para as contas nem para o que não está a ser feito. Toda a gente sabe a que custo estão certas, e todos fingem não ver porque não lhes fica bem o papel de agoirentos.
Recordo apenas que todos aqueles que nos foram enfiando em bancarrotas, que nos juravam estar tudo sob controlo e que estávamos preparados e tal, tinham todos imenso prestígio, eram todos do melhor que há, tinham todos contas apresentáveis.
As autoestradas sem custos foram sempre apresentadas como a última maravilha, por exemplo; e sendo evidente que o não eram, o prestígio de quem as apresentou falou mais forte, e todos fingiram acreditar, que ninguém quis estragar a festa das populações.
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