António Costa não vai usar a imagem do diabo – seria demais até para si – mas vai manter a estratégia dos últimos meses. Uma tensão permanente, o risco de crise, como fez na gestão da greve dos motoristas, e o medo. Vai ser assim, em crescendo, até ás eleições de 6 de outubro. E, pelo meio, vão continuar a sair críticas duras ao BE e a Catarina Martins. As voltas que a política dá, e o que isto nos diz deste PSD. Hoje, o principal adversário de Costa é o Bloco. E ainda acham que a direita não está em crise?
António Costa, ECO
O diabo, claro, é um pretexto, mas António Costa até nisto tem sorte. Andou quatro anos a reduzir o défice público nominal à custa do ambiente económico internacional favorável, da política do BCE e de operações extraordinárias. O ciclo económico internacional está a virar, mas como o de Portugal arrancou mais tarde, o abrandamento da economia também tardará mais dois ou três trimestres. E Costa vai poder assim usar o medo para pedir aos portugueses para votarem no PS para manter os resultados (conjunturais) obtidos. Que o primeiro-ministro sabe que vão piorar, desde logo porque fez pouco ou nada de estrutural para os evitar. Para a maioria absoluta, vale tudo.
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