António Costa está a encenar um estado de guerra e não uma resposta a uma greve. É uma resposta política que mostra a autoridade de que os portugueses tanto gostam.
António Costa, ECO
Os motoristas de matérias perigosas não perceberam a tempo que teriam de recuar – Marcelo conhece António Costa como poucos e bem os avisou – e transformaram-se, de repente, nos ‘melhores amigos’ do primeiro-ministro. Costa dramatizou, pôs o país em estado de guerra e, depois, mostrou a autoridade que os portugueses tanto gostam. Depois da economia, é a política, estúpido. A olhar para 6 de outubro.
A greve é impactante, sim, e o sindicato mostrou que não estava a negociar de boa fé. Porque ninguém negoceia com uma greve marcada, portanto, deu os pretextos certos para uma resposta musculada do Governo, porque os portugueses nem percebem bem o que está em causa. Salários em 2021? Pardal Henriques incentivou os motoristas a avançarem para uma greve com o argumento de que, com eleições à porta, estariam a negociar com o Governo e não com a associação do setor, a Antram. Pois, foi isso mesmo que tiveram.
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