Sim, Tancos deveria ser tema de campanha, porque continua a ser necessário questionar a forma como a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público conduzem os processos mais mediáticos, nomeadamente os que envolvem políticos.
Davi Pontes, Público
Seria espectável que o principal visado fosse o Governo, por causa de uma acusação que pode vir a ser tornada pública em tempo de campanha (a que este jornal ainda não teve acesso) que deverá por em causa a actuação de um seu ex-ministro, Azeredo Lopes. E talvez não tenha sido por acaso que no último debate Assunção Cristas considerou “vergonha nacional” que António Costa não seja confrontado com os diferentes casos que levaram à demissão de membros do executivo e, no dia seguinte, repetiu o argumento.
Só que as notícias que vieram anteontem a lume ao visar mais alto, o próprio Presidente da República, acabaram por ter o efeito de colocar toda a gente a declarar que Tancos “não é um caso de eleições”, nas palavras de Catarina Martins.
Mas, numa outra perspectiva, este devia ser mesmo um caso de campanha. Não as incidências do roubo e da devolução das armas porque, mesmo que a acusação possa trazer algumas novidades, é pouco provável que venha acrescentar algo de substancial ao que já se conhece.(continuar a ler)
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