(Roberto Dores) |
Porém, Alexandre Dias afiança que "assim o peixe não presta, porque não fica rijo. A chuva faz falta para renovar as águas e arrastar o alimento que lhe dá a qualidade", explica, revelando que ele e outros pescadores do rio já deveriam andar na pesca, mas vão arranjando ocupação noutras atividades sazonais.
Nuno Sequeira, dirigente da Quercus no Alentejo, conhece o cenário que está a afetar os peixes do grande rio do Sul, associando a morte da fauna "à situação muito grave" provocada pela falta de água. "A maior parte das nascentes estão secas. Não há escorrências de ribeiras nem de ribeiros e isso prejudica a biodiversidade", refere, acrescentando que "havendo menos água, há menos oxigénio disponível para a mesma quantidade de organismos. E os peixes deixam de ter condições para respirar, acabando por morrer", diz, lançando um olhar crítico sobre os alegados "prejuízos provocados pelo aumento das culturas de regadio", dando o inevitável olival intensivo como exemplo.
Fonte: DN
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