Se o futuro de um partido político pode apenas ser assegurado pela imposição de uma "máscara mediática" extremista então não estamos apenas perante uma "doença" do Livre mas de todo o sistema político.
Rui Martins, OBSR
Não havendo alterações de fundo nos Estatutos, Programa ou quadros dirigentes o que se passa agora na encarnação actual do Livre pode ser o produto de um de três fenómenos (que podem funcionar em paralelo):
1-O sublinhar de questões fracturantes e extremistas (quotas étnicas, feminismo radical, anti-racismo, etc) é um produto da agenda pessoal da deputada e não representa o Livre.
2-O extremismo actual do Livre é aparente e táctico (marketing político) buscando nas questões fracturantes um mercado eleitoral que a transformação do Bloco de Esquerda num partido do “eixo de governação” deixou por conquistar.
3-O extremismo discursivo do Livre é real e profundo e corresponde efectivamente a uma alteração em curso para um partido situado na banda extrema da extrema esquerda.
Se o futuro de um partido político pode apenas ser assegurado pela imposição de uma “máscara mediática” extremista ou de uma deriva radicalizante profunda que o afasta da maioria do eleitorado e das posições moderadas então não estamos apenas perante uma “doença” do Livre mas de uma doença sistémica de todo o sistema político-partidário português. (ler artigo completo)
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