A cada dois anos têm sido apresentados “pacotes de corrupção” para uma matéria que é “extremamente” complexa. “Estamos a falar de matérias extremamente complexas e que estão a ser tratadas de forma compactada, em termos de espetáculo, como os justiceiros gostam”
Era importante que este grupo de trabalho olhasse, sim, para a origem deste crime, para “as fontes de corrupção em Portugal”.
Por outro lado, é preciso dotar o Ministério Público de software, uma vez que estes criminosos estão cada vez mais sofisticados. “Temos que ter intelligence e software, adaptados às necessidade sede ação penal. Neste momento não temos esse software. Os arguidos têm equipamento de última geração”, considerou, para acrescentar que a estratégia do governo “corre o risco de se tornar uma ficção”.
O juiz desembargador Ricardo Cardoso. Também considerou não estarem reunidas no nosso sistema jurídico condições para a aplicação de uma justiça negociada. “São fórmulas que vêm fora do nosso sistema de direito, quando tentamos a aplicação dessas fórmulas resultam em leis que não têm aplicação. Não se pode importar os outros sistemas diretamente”, disse.
Fazer leis não é copiar o que se passa lá fora”, acrescentou Ricardo Cardoso.
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