O que está em causa aqui é a forma como vamos perdendo a confiança no Estado, como vamos aceitando passivamente que as coisas não funcionam. A resignação face a um Estado ineficaz é uma ameaça ao funcionamento da democracia e é o caminho que abre campo ao populismo. Num país onde o funcionamento da justiça levanta tantas dúvidas, em que as finanças distorcem a realidade e no qual a saúde defronta problemas graves, avolumam-se as razões para o descrédito do Estado. E isso nunca é uma boa notícia. O Estado que é omnipotente de um lado e ausente de outro é um perigo para todos.
Manuel Falcão, JNegócios
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