terça-feira, 28 de julho de 2020

A Procissão Ainda Vai No Adro

Porque não perde António Costa uma oportunidade para humilhar quem lhe estende a mão? Porque está apostado em demonstrar ao PSD, como já o fez com o CDS, da inutilidade do seu dirigente?

Ao ver o Dr. Rui Rio sair, cabisbaixo, da discussão sobre o Estado da Nação em S. Bento, ficamos na dúvida sobre por que razão sorri o Dr. António Costa depois de ter protagonizado mais uma coça a um dirigente partidário.

Não é a primeira vez que o primeiro-ministro faz uso dos seus poderes oratórios para destruir pontes à direita e, pelo caminho, queimar politicamente quem lhe estende um ramo de oliveira. Foi o que aconteceu com Assunção Cristas, que tentou variadas vezes mostrar uma atitude construtiva para a resolução dos problemas do País. Mas Costa não queria. Preferiu zurzir-lhe com toda a força e engenho até que o CDS intuiu da inutilidade da situação e, com a Direcção política em chamas, viu o seu espaço ser ocupado pela ‘luz brilhante’ de André Ventura... Fica por perceber qual o ganho para o País daquela atitude do primeiro-ministro, mas a procissão ainda vai no adro.

José Veiga Sarmento, Público

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