Acabar com os debates quinzenais sem os substituir por um modelo mais eficaz – menos longo e com um número limitado de questões, por exemplo – não terá como efeito elevar o nível das discussões parlamentares. Irá simplesmente reduzir o número de debates, retirar visibilidade aos partidos pequenos (em especial os que fazem sombra ao PSD), enfraquecer o Parlamento e empobrecer a democracia, ao diminuir o número de vezes em que o primeiro ministro é obrigado a prestar contas aos deputados eleitos pelos portugueses.

Se Rio quer realmente voltar a ter “grandes debates” e contribuir para a elevação da atividade parlamentar, poderia começar por dar o exemplo, alterando a forma como são escolhidos os deputados do seu próprio partido. Se a política continuar a não ser capaz de atrair os melhores, não será o número de debates que vai fazer a diferença.
Filipe Alves, JE
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