Manuel Facão, JN |
O partido com maior dose de "dirigentes-esferovite" parece-me ser o PSD, e estou em crer que Rui Rio é o rei da esferovite - desfaz-se por pouco, derrete-se cada vez que se quer colar a Costa. Pelo caminho que as coisas levam, segundo vou lendo, está a comprar uma cola especial para se juntar a André Ventura e ao Chega. É o mais rápido caminho para se dissolver de vez. Rui Rio tem tido uma habilidade invulgar em destruir os valores da marca PSD - já na Câmara Municipal do Porto tinha dado sinais disso e agora, como presidente do partido, tem mesmo excedido essa capacidade. É um homem que se gaba de não olhar para a ideologia, de preferir andar aos ziguezagues a percorrer linhas rectas, e despreza a estratégia a favor da táctica. É sério candidato a ganhar o óscar de pior dirigente partidário desde 1974. Por estes dias, Artur Torres Pereira, um respeitado autarca e quadro social-democrata, deu uma entrevista cujo título diz tudo sobre Rui Rio (que, quando era novo, frequentou uma escola privada alemã): "Rio devia ter frequentado uma boa escola pública portuguesa." Não é preciso dizer mais nada.
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