Não, o plano não é nenhuma carta de alforria que nos liberta do confinamento, sem termos de ter bem presentes os pressupostos e as realidades. O plano das coisas boas não ilude que existe uma realidade subjacente de coisas menos boas, de exigência de responsabilidade individual, comunitária e das autoridades, em que cada um tem de fazer o seu papel, com eficácia e sem cedências ao facilitismo.
É que começamos a confinar quando o mundo volta a estar perigoso em termos de contágios. Bem sei que nas últimas décadas especializámo-nos em viver a vida em modo de iô-iô, ora temos, ora não temos, mas, para além de insuficiências nos pressupostos de testagem e de vacinação, há uma responsabilidade individual que ainda não está suficientemente sublinhada.
É certo que já não há paciência para ouvir, para ser consequente e para as regras, mas estas são pressupostos da vivência em comunidade, com direitos e com deveres, ainda que a realidade seja pontuada por desequilíbrios em que mais parece que alguns só têm direitos e os restantes os deveres.
António Galamba, Ji
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