O Debate sobre o Estado da Nação deve ser o momento do Ano Parlamentar em que a política vai ao encontro dos portugueses, uma espécie de ponto de equilíbrio entre o passado recente e o futuro próximo para informação e benefício da comunidade nacional. Mas não, não sejamos ingénuos ao ponto de exigir a decência e a honestidade de quem governa e de quem se prepara, ou não, para governar. O Debate sobre o Estado da Nação é a exibição da incúria, da indiferença, da arrogância e do desprezo pela prosaica existência de um lugar e de uma Nação chamada Portugal.
(Carlos Marques de Almeida, ECO)
Debate sobre o Estado da Nação divide-se entre a Autocracia do Governo e a Anarquia da Oposição. Autocracia do Governo centrada no culto da personalidade e na infalibilidade do Primeiro-Ministro. Anarquia da Oposição pulverizada em sprays patéticos a partir dos pequenos mundos de cada partido. Autocracia e Anarquia pertencem à condição da “psicologia verbal”, não à complexidade que exige um debate sério sobre a condição de Portugal.
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