Um País Desgovernado
Se um Tribunal Constitucional não serve para determinar, em mais de um mês, se é ou não uma violação da lei fundamental estabelecer uma cerca a 4 milhões de portugueses e decretar um recolher obrigatório sem declaração de estado de emergência, serve para quê? Para muito pouco.
Há notícias de que existe muita matéria combustível no país, por não ter sido feita a limpeza florestal da forma mais conveniente, pelos proprietários e pelo Estado. Há nota de que madeira ardida se mantém, há anos, em certos locais, como Monchique. Há falhas potenciais na estrutura de comunicação (o famoso SIRESP). Há também material indisponível (os célebres helicópteros Kamov).
Eduardo Cabrita está no topo da Proteção Civil e não tem propriamente mostrado grandes capacidades operacionais e políticas, além de ter perdido a estrelinha da sorte, que lhe facultou cadeiras de sonho.
Em 92, com Cavaco, assinou-se o tratado de Maastricht. Guterres pôs a primeira pedra no chamado pilar social, aprovou a “Carta dos Direitos Fundamentais” e deu passos na abertura ao leste, onde se tinham desmoronado as ditaduras comunistas. Até o inenarrável José Sócrates, o de “Má Memória”, aprovou, com Barroso, o Tratado de Lisboa. Agora, tivemos a confirmação de uma bazuca, cheia de condicionalismos. Não faz mal! Teremos outra presidência em 2034. É um instantinho!
É estranha a justiça portuguesa, como todos nós sabemos. Tão estranha que, ao fim de 11 anos dos atos praticados, decide deter Joe Berardo e aplicar-lhe uma caução de 5 milhões de euros. Já Ricardo Salgado nunca foi detido e levou uma caução de 3 milhões.Mesmo assim e apesar de tudo, o dano causado por um e outro à economia nacional é profundamente diferente. Berardo ainda deixa propriedades, vinhos, quadros, museus que podem ser pura e simplesmente confiscados. Ou não? É só querer.
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(excertos do texto 'Um País Desgovernado, Eduardo Oliveira e Silva,
Ji)
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