sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Alerta Para O Atraso Na Criação De Instrumentos Para Responder A Grandes Calamidades.

Estamos a viver três tipos de crises: uma crise sanitária intensa e prolongada no tempo, uma crise económica onde o papel dos governos e do financiamento da economia está no topo das prioridades e uma crise climática.

Mas, das três crises, a maior de todas é sem dúvida a climática.

A última década foi a mais quente de que há registo. As recentes cheias ocorridas em Julho deste ano no centro da Europa, mostram-nos que estes eventos não são explicados apenas por fatores socioeconómicos (crescimento da população, maior concentração da população em grandes cidades e no litoral, maior concentração de capital em determinadas áreas), mas também se devem a mudanças climáticas.

Uma constatação destas mudanças climáticas é o facto de todos os anos batermos recordes na frequência do número de eventos catastróficos que são registados no mundo: temos assistido nos últimos anos a um aumento do peso dos riscos secundários (inundações, tempestades, incêndios) no total dos eventos extremos da natureza.  Se a estes juntarmos os eventos relacionados com os riscos primários (menor frequência e maior intensidade, como por exemplo os fenómenos sísmicos e os ciclones tropicais) então temos todos os ingredientes para termos anos onde os impactos na economia mundial serão muito significativos.

Em Espanha temos a figura do Consórcio que cobre perdas resultantes de determinados riscos de fenómenos da natureza. Na Nova Zelândia e na Turquia temos pools para a gestão do risco sísmico, no Reino Unido temos a criação da Pool Re e Flood Re para a gestão do risco de Inundações e em Portugal continuamos a adiar a criação de soluções.

(José Leão,ECO)

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