No espectro de uma crise política que conduza ao eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022 e à consequente convocatória de eleições antecipadas tem vindo a adensar-se nos últimos dias. Por mero teatrinho, talvez mais pantomina, ou por puro taticismo de quem vê numa crise política a última oportunidade de chegar à maioria absoluta, energia que alimenta os motores do aparelho socialista, temos assistido ao espetáculo de ver a democracia a funcionar, mas na sua dimensão mais pobre. (Eduardo Dàmaso, Sábado)
Negociar um Orçamento faz parte do jogo democrático e não tem, necessariamente, de culminar numa tragédia, seja pelo lado de alguma concessão mais inusitada, seja pelo lado do chumbo e de eleições antecipadas. Mas utilizar essa negociação instrumentalmente para objetivos de vantagem eleitoral quando o País enfrenta sérios problemas, alguns com consequências imprevisíveis, é uma completa e acabada irresponsabilidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário