terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

A Existência hoje :«Eu Sinto Logo Existo»

   
A existência, hoje, contudo, já se faz depender da razão, mas do sentimento. Eu diria que hoje podemos afirmar: «Eu sinto, logo existo». (Edgar Clara, SOL)

O que é a existência? O que é viver? O que é estar vivo? Quem sou eu? Estas são das perguntas mais difíceis de responder, porque cada um procura, em todas elas, um sentido!

Qual é o sentido da minha existência?

Descartes teria dito: «Eu penso, logo existo». O inverso, no entanto, também é verdade: «Eu existo, logo penso». Porque se não existisse, não pensaria. Porém, nem tudo o que existe, pensa! Porque o pensamento é próprio do homem e há seres vivos que existem, mas não pensam. Também é verdade que há homens que não pensam, mesmo existindo, mas isso é outra história.

Uma existência dependente do sentimento, que contrarie a própria razão é, no fundo, uma contradição da própria evolução científica do conhecimento que o homem faz de si mesmo. Por isso, o caminho só pode trazer, para todos, um futuro de diálogo entre razão e sentimento capaz de dar um sentido racional à própria existência.

A existência, hoje, contudo, já se faz depender da razão, mas do sentimento. Eu diria que hoje podemos afirmar: «Eu sinto, logo existo». Isto porque a existência está cada vez mais dependente do sentimento e não tanto da razão. Há, de facto, alguns teóricos que fazem depender a existência humana daquilo que cada um sente que é e, portanto, é necessário fazermos depender as leis e as verdades do mundo com os sentimentos de cada um, prescindindo agora da própria razão.

É estranho o que vamos encontrando na nossa vida, mas é a realidade. Hoje o sentimento é uma variável que está acima de muitas outras variáveis da existência humana.

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