A humanidade parece uma lebre encandeada pelo farol dum automóvel apocalíptico.
De um lado, sombra; do outro lado, sombra; e no meio da estrada,
inexorável, o mortal foco de luz. Nada que guie, esclareça, ilumine.
Apenas um clarão paralisa-dor, que só dura
até que as rodas esmaguem a razão deslumbrada.
(Miguel Torga)
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