Zangam-se as comadres … descobrem-se as verdades -A semana passada fica marcada pela zanga entre agentes dos SEF, da PSP e da GNR, todos a acusar-se mutuamente de racistas e xenófobos, todos apoiados em bastas provas irrefutáveis.
Não se tratou de peixeirada à moda antiga, antes um educado e elucidativo debate em que uma parte citava relatórios internacionais, a outra escudava-se em conhecidos estudos académicos e a terceira brandia como prova da sua razão condenações judiciais sofridas pelos outros intervenientes. Os argumentos, os relatórios, os estudos, as condenações que normalmente fingem desconhecer foram de repente recordadas, elencadas e exaustivamente atiradas à cara uns dos outros. Caso para dizer que em casa em que não há pão todos ralham e todos têm razão.
As chefias horrorizadas com os argumentos que lhes recordavam a sua própria responsabilidade gritaram: basta, e a todos ameaçaram com processos judiciais.
No ano em que a União Europeia, para combater a corrupção, o racismo e o assédio moral, fez aprovar em Portugal a Lei da proteção e incentivo aos Denunciantes (Whistleblowers) é o próprio chefe da Polícia que se insurge contra os denunciantes. Péssimo exemplo, prova que não está interessado em investigar as acusações de racismo contra a instituição que dirige mas sim em calar as denúncias. Ai se a União Europeia sabe ... lá Portugal levará mais uma vez nas orelhas por comportamentos não civilizados. (
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(Jorge Fonseca de Almeida, dinheiro vivo)
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